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Itaú paga R$ 23,4 bilhões em dividendos e JCP, entenda valores por ação

Itaú paga R$ 23,4 bilhões em dividendos e JCP, com R$ 1,868 por ação em dividendos, JCP de R$ 0,3697 por ação e datas-chave entre dezembro de 2025 e abril de 2026

O Itaú Unibanco aprovou uma nova rodada de distribuição que soma R$ 23,4 bilhões aos acionistas, entre dividendos e juros sobre capital próprio, em decisão comunicada por fato relevante.

Os proventos combinam pagamento imediato e valores a serem liquidados no ano seguinte, afetando tanto pessoas físicas quanto investidores institucionais que detêm ações até a data-base.

Investidores devem ficar atentos às datas de corte e aos efeitos do cancelamento de ações em tesouraria, que também foi aprovado pelo conselho, conforme informação divulgada pelo Seu Crédito Digital.

Valores por ação e calendário de pagamento

O anúncio detalha que serão pagos R$ 1,868 por ação a título de dividendos, com liquidação em 19 de dezembro de 2025. Além disso, o banco informou JCP de R$ 0,3697 por ação, valor sujeito à retenção de 15% de Imposto de Renda, exceto para empresas imunes ou isentas.

Depois da retenção, o montante líquido do JCP corresponde a R$ 0,3142 por ação, e o pagamento desse JCP ocorrerá até 30 de abril de 2026. A base para o recebimento será a posição acionária de 9 de dezembro de 2025, com negociação das ações ITUB3 e ITUB4 “ex-direito” a partir de 10 de dezembro.

Cancelamento de ações em tesouraria e estrutura de capital

O conselho do banco também aprovou o cancelamento de 78,85 milhões de ações preferenciais adquiridas no programa de recompra, obra que foi avaliada em cerca de R$ 3 bilhões. Segundo o fato relevante, o cancelamento não reduzirá o capital social, que permanece em R$ 124,06 bilhões.

Após o cancelamento, o capital social ficará dividido em 10,705 bilhões de ações, sendo 5,454 bilhões ordinárias e 5,251 bilhões preferenciais. A alteração estatutária decorrente será submetida à próxima Assembleia Geral Ordinária, garantindo conformidade com a legislação societária.

Desempenho operacional e contexto das projeções

O pagamento reforça sinais de resultado robusto do banco, que no terceiro trimestre de 2025 registrou lucro recorrente gerencial de R$ 11,9 bilhões, alta de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho é citado como base para a distribuição elevada de proventos.

Analistas já vinham projetando valores elevados. Na semana anterior ao anúncio, o Safra estimou R$ 22,5 bilhões em dividendos, e o montante agora declarado supera os R$ 15 bilhões distribuídos em 2024, sinalizando aumento expressivo na política de retorno ao acionista.

O que muda para investidores e perspectivas

Para quem deseja receber os proventos, é necessário manter as ações em carteira até o fechamento de 9 de dezembro de 2025. A partir de 10 de dezembro, compras das ações ITUB3 e ITUB4 já não dão direito aos valores anunciados.

O programa de recompra, seguido do cancelamento, tende a reduzir a quantidade de ações em circulação, o que pode favorecer a valorização por ação, e reforça a política de gestão de capital do banco.

Analistas apontam que as medidas não comprometem a liquidez nem o capital regulatório do Itaú, e elevam a confiança de investidores institucionais e de varejo.

Além do retorno imediato, o banco tem metas de eficiência e modernização tecnológica, com planos de migração para a nuvem e desativação de sistemas legados, com objetivo de melhorar a relação custo/receita e sustentar geração de lucro recorrente nos próximos trimestres.

Em síntese, a combinação de R$ 23,4 bilhões em proventos, o cronograma de pagamentos e o cancelamento de ações representam uma movimentação relevante na gestão de capital do Itaú, com efeitos diretos sobre a carteira de acionistas e a dinâmica das ações ITUB3 e ITUB4 no mercado.

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