
Empréstimos em cooperativas: juros até metade dos bancos, veja taxas do Bancoob e Sicredi, proteção do FGCOOP, como associar-se e quando trocar dívidas
Descubra como os empréstimos em cooperativas costumam ter juros mais baixos que bancos tradicionais, exemplos de taxas, o papel do FGCOOP e o que avaliar antes de se tornar associado
As cooperativas de crédito cresceram como alternativa ao sistema bancário, atraindo quem busca juros menores e participação nos resultados, além de serviços personalizados que não visam lucro.
Para quem tem dívidas caras, como cheque especial ou rotativo do cartão, a troca por um crédito cooperativo pode representar economia significativa, porém exige planejamento prévio e associação.
Nos parágrafos a seguir, explicamos como funcionam as operações, apresentamos dados de comparação, riscos e um passo a passo para associar-se e solicitar empréstimo em cooperativa.
conforme informação divulgada pelo portal Seu Crédito Digital, em texto assinado por Melissa Barbosa
Por que os juros dos empréstimos em cooperativas costumam ser menores
O modelo cooperativista não tem fins lucrativos, isso permite repassar aos associados taxas e tarifas mais competitivas, com resultados distribuídos entre os cooperados quando há sobra financeira.
Dados citados pela reportagem mostram que o volume de empréstimos em cooperativas de crédito aumentou 8,5% no terceiro trimestre de 2016, em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Banco Central, reflexo da busca por alternativas com juros mais atrativos.
Um exemplo prático citado é do Bancoob, braço financeiro do Sicoob, que oferece empréstimo pessoal a 2,27% ao mês, valor que é menos da metade da média cobrada pelos bancos tradicionais, apontada em 4,58% ao mês, segundo pesquisa da Anefac.
Para quem os empréstimos em cooperativas são indicados e quais cuidados tomar
Os especialistas recomendam os empréstimos em cooperativas principalmente para quem pretende trocar uma dívida cara por outra mais acessível, como no caso do cheque especial ou do rotativo do cartão de crédito.
No entanto, crédito em cooperativa não é indicado para quem precisa do dinheiro de forma imediata, porque a liberação costuma exigir associação prévia e algum prazo de análise, por isso, como diz o economista Marcos Silvestre, “Cooperativa não é para a pessoa desesperada”.
É fundamental conhecer a instituição, acompanhar as prestações de contas e verificar o histórico dos gestores, já que resultados negativos da cooperativa podem impactar os associados.
Como associar-se, custos e limites de crédito
Para ter acesso ao crédito é preciso tornar-se associado, processo semelhante à abertura de conta, com documentos como RG, CPF, comprovante de residência e comprovante de renda, além da aquisição de cotas de capital.
Segundo Edson Schneider, superintendente de estratégia de crédito do Sicredi, o custo médio para aquisição de cotas é de R$ 50, embora esse valor possa variar conforme a cooperativa. Em cooperativas ligadas a empresas, a adesão costuma ser facilitada por convênios e orientações do RH.
O limite de crédito costuma depender do montante que o associado possui na cooperativa, portanto, formar capital e planejar a adesão são passos importantes para conseguir valores maiores.
Garantias, riscos e proteções
As cooperativas regulamentadas oferecem proteção por meio do Fundo Garantidor das Cooperativas de Crédito, o FGCOOP, que cobre até R$ 250 mil por CPF e por instituição, proteção similar ao que o FGC oferece para bancos.
Mesmo assim, os associados devem acompanhar semestralmente as prestações de contas e avaliar a credibilidade e o desempenho da cooperativa para reduzir riscos de perdas decorrentes de gestões fracas ou resultados negativos.
| Item | Cooperativas (exemplo) | Bancos tradicionais (média) |
|---|---|---|
| Taxa de empréstimo pessoal | 2,27% ao mês (Bancoob, citado) | 4,58% ao mês (média Anefac) |
| Proteção | FGCOOP até R$ 250 mil | FGC até limites aplicáveis |
| Custo inicial | Cotização média de R$ 50, varia por cooperativa | Normalmente sem cotas, tarifas variáveis |
Perguntas e respostas rápidas
1. Empréstimos em cooperativas são sempre mais baratos? Nem sempre, em média as taxas são menores, como o exemplo de 2,27% versus 4,58% citado, mas é preciso comparar ofertas e contratos antes de decidir.
2. Quanto tempo leva para receber o empréstimo? Não é instantâneo, a liberação costuma exigir associação e análise, por isso o crédito cooperativo não é indicado para emergências.
3. Como sei se a cooperativa é confiável? Verifique histórico, demonstrações financeiras, participações em assembleias e se está registrada e regulamentada pelo Banco Central.
4. O que cobre o FGCOOP? O Fundo Garantidor das Cooperativas de Crédito protege até R$ 250 mil por CPF e por instituição em caso de falência da cooperativa.
5. Preciso comprar cotas para pedir empréstimo? Sim, a aquisição de cotas é condição comum para se tornar associado, com custo médio citado de R$ 50, podendo variar conforme a cooperativa.




