Cartão Black BB, gasto mínimo de R$ 15 mil por trimestre para manter sala VIP em Guarulhos, entenda quem perde o benefício e alternativas

Cartão Black BB agora exige R$ 15.000 em gastos trimestrais para garantir entrada gratuita na sala Mastercard Black do Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos
A partir de novembro de 2025, clientes do Ourocard Mastercard Black passaram a ter um novo critério para entrar gratuitamente na sala VIP Mastercard Black no Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
A exigência, que condiciona a gratuidade ao volume de gastos no cartão, tem gerado debates entre viajantes frequentes e especialistas em cartões de crédito sobre impacto no valor percebido dos benefícios premium.
As informações sobre a mudança foram divulgadas em matéria do Seu Crédito Digital, e confirmadas por comunicados do Banco do Brasil e da Mastercard, conforme informação divulgada pelo Seu Crédito Digital.
O que muda na prática
Até recentemente, bastava manter um Ourocard Mastercard Black ativo para o acesso gratuito à sala Mastercard Black no Terminal 3 de Guarulhos. Com a nova regra do Banco do Brasil, para manter a gratuidade o cliente precisa atingir um **gasto mínimo de R$ 15.000 por trimestre**.
Segundo mensagem oficial enviada aos clientes, “Para manter o acesso gratuito às salas VIP da Mastercard no Aeroporto Internacional de Guarulhos, você deverá registrar gastos mínimos trimestrais de R$ 15.000 no cartão.” A regra começou a ser implementada pelo Banco do Brasil em 1º de novembro de 2025, e a Mastercard informa que a política de gratuidade passou a valer a partir de 1º de setembro de 2025, com critérios específicos por emissor.
Se o cliente não atingir o patamar de gastos, ainda é possível usar a sala VIP, porém mediante pagamento por visita. O banco não publicou um regulamento em PDF com todas as tarifas, e os valores por entrada foram confirmados por portais especializados e pela própria bandeira.
Quem será mais afetado
A exigência de R$ 15.000 por trimestre segmenta o público beneficiado, favorecendo titulares com fluxo de despesas mais alto, como executivos e empresas. Clientes que usam o cartão apenas para compras do dia a dia, ou que possuem renda média, provavelmente perderão o acesso gratuito, e terão de pagar para entrar ou buscar alternativas.
Nos fóruns e redes sociais, reações variaram entre compreensão e insatisfação. Alguns clientes apontam que a mudança é justificável diante dos custos das salas, outros afirmam que a anuidade já cobre expectativas de benefícios. Especialistas recomendam comparar cartões concorrentes, reavaliar hábitos de consumo e considerar se a nova regra torna o produto menos vantajoso.
Por que os bancos estão mudando as regras
A decisão do Banco do Brasil não é isolada, outras emissoras já adotaram critérios de gasto para manter benefícios. O movimento ocorre em um momento de aumento da demanda por lounges, e de pressão por sustentabilidade financeira desses programas.
De acordo com a ACI World, houve um crescimento de 70% na demanda por lounges entre 2020 e 2024. Com mais titulares em produtos premium, o custo por entrada se torna significativo para emissores, e cada visita pode custar entre US$ 30 e US$ 50 para o banco emissor, dependendo do contrato com a Mastercard.
O Banco do Brasil justificou a mudança como forma de estimular o uso recorrente do cartão, incluindo gastos internacionais, assinaturas e despesas empresariais, e de tornar o benefício compatível com o perfil de consumo dos clientes que realmente utilizam o serviço com frequência.
Como acompanhar os gastos e alternativas
O Banco do Brasil não disponibilizou um painel específico para o acompanhamento da meta, mas os clientes podem verificar a soma dos gastos dos últimos três meses pelo aplicativo do BB ou pelo app Ourocard. Importante observar que saques, parcelamentos de fatura, pagamento de boletos e encargos não entram na contagem.
Para quem não pretende ou não consegue atingir R$ 15.000 trimestrais, existem alternativas práticas. Alguns optam por cartões que oferecem acesso mediante parcerias diferentes, outros compram entrada avulsa em lounges, e há ainda programas de fidelidade que permitem resgatar passes ou pontos por acesso.
Vale avaliar também se despesas recorrentes, como assinaturas de serviços e compras internacionais, podem ser concentradas no cartão para ajudar a atingir a meta, sempre considerando custos, segurança e planejamento financeiro.
O que esperar a seguir
A tendência é que benefícios exclusivos dos cartões premium fiquem mais condicionados ao perfil real de uso, e que emissores ajustem regras para priorizar clientes com maior movimentação financeira. Isso pode tornar o mercado mais segmentado, e também mais eficiente na oferta de privilégios.
Clientes devem ficar atentos às comunicações do banco, pois a mudança em salas VIP pode ser um sinal de futuras alterações em outras vantagens, como cobrança de adicionais ou ajustes na política de milhas. Comparar ofertas e ler regulamentos antes de renovar ou solicitar um cartão continuará sendo uma prática recomendada.
Em resumo, a exigência imposta pelo Banco do Brasil altera a natureza do benefício, tornando o acesso gratuito à sala Mastercard Black de Guarulhos dependente de comportamento de gastos, e forçando consumidores a reavaliar custos e prioridades ao escolher um cartão premium.




